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Associações de crustáceos em substratos orgânicos (ossos de baleia e parcelas de madeira) implantados no Atlântico Sudoeste Profundo
Thursday 03 December 2015, 11:00 - 13:00

Olivia Soares Pereira
Orientador – Paulo Yukio Gomes Sumida
Apresentação: 03 de dezembro, 5ª feira, as 11h00
Anfiteatro “Profa. Dra. Anna Emilia Amato de Moraes Vazzoler”
Associações de crustáceos em substratos orgânicos (ossos de baleia e parcelas de madeira) implantados no Atlântico Sudoeste Profundo

 

Associações de crustáceos em substratos orgânicos (osso de baleia e parcelas de madeira) implantados no Atlântico Sudoeste Profundo
TF-2015/25
Olivia Soares Pereira
Quase toda a produção de mar profundo, onde a disponibilidade de alimento é limitante, depende da importação de material orgânico da superfície. O material orgânico pode chegar ao mar profundo na forma de grandes quedas de carcaças de animais e madeira. As carcaças de baleias representam uma forma de alimento considerável e cosmopolita, porém esporádica, para o fundo oceânico. As comunidades de organismos associados às carcaças passam por três estágios ecológicos sucessivos: a necrofagia, o oportunismo e o sulfofílico e a diversidade na comunidade epifaunal varia com estes. As madeiras, por sua vez, são comuns ao longo de margens florestadas e desembocaduras de rios e formam, como as carcaças, um oásis no fundo oceânico. Apesar de muitos cientistas trabalharem em pesquisas sobre a fauna destes ecossistemas, são poucos os estudos que comparam as comunidades bênticas de carcaças e de madeira. Este projeto objetiva descrever as associações de crustáceos, com ênfase em Munidopsidae, da epifauna em substratos orgânicos implantados por 22 meses em três latitudes do Atlântico Sudoeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) a 1500 e 3300 m de profundidade. Os landers foram implantados em junho de 2013 a bordo do N.Oc. Alpha-Crucis (Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo) e foram recuperados na segunda quinzena de maio de 2015 a bordo do N.Po. Almirante Maximiano (Marinha do Brasil) durante a terceira campanha oceanográfica do Projeto BioSuOr, FAPESP (2011/50185-1). A epifauna foi separada e armazenada em álcool e, após triagem, os organismos encontrados foram classificados em grandes grupos taxonômicos e os crustáceos, até o menor nível específico possível. As assembleias de crustáceos epibênticos nos substratos orgânicos foram mais ricas e abundantes em 1500 m do que em 3300 m de profundidade, porém não houve diferença estatística significante entre os substratos. Apesar de um dos morfotipos de Munidopsis apresentar preferência pela madeira, não foram encontradas variações populacionais ligadas à profundidade ou latitude. Visto a importância de comunidades formadas em quedas de substratos orgânicos, são necessários mais estudos para aumentar a compreensão de sua ecologia e dinâmica. Seria ideal que futuras pesquisas avaliem estas comunidades baseadas na quimiossíntese também no tempo.

Location Anfiteatro IOUSP

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