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Reconstituição de variações na paleocirculação e peleoprodutividade da margem equatorial Brasileira durante o Holoceno médio e tardio
Wednesday 02 December 2015, 09:00 - 11:00

Ana Silvia de Figueiredo Martins
Orientadora – Silvia Helena de Mello e Sousa
Apresentação: 02 de dezembro, 4ª feira, as 9h00
Sala da Congregação Ellen Fortlage Luedeman”
“Reconstituição de variações na paleocirculação e peleoprodutividade da margem equatorial Brasileira durante o Holoceno médio e tardio”

 

Reconstituição de variações na paleocirculação e paleoprodutividade da margem equatorial Brasileira durante o Holoceno médio e tardio
TF-2015/19
Ana Silvia de Figueiredo Martins
Resumo No cenário atual de interesse por mudanças climáticas, o melhor entendimento dos processos desencadeados no Holoceno é de grande importância. O oceano apresenta importante papel no controle do clima principalmente através da circulação termohalina e produção primária. Dessa forma, reconstruções de paleocirculação e paleoprodutividade durante o Holoceno apresentam alta relevância para estudos científicos, e proxies como isótopos estáveis de carbono (δ13C) em foraminíferos bentônicos e na matéria orgânica sedimentar têm sido amplamente utilizados. O objetivo do presente trabalho concentra-se em identificar variações na paleocirculação e paleoprodutividade durante o Holoceno médio e tardio na região do talude da margem equatorial Brasileira, zona de grande importância para compreensão dos mecanismos de transferência de calor e massa que ocorrem entre os hemisférios. O material analisado para determinação isotópica provém de um testemunho coletado a 1210 m de profundidade, no talude da Margem Continental Amazônica, durante cruzeiro do projeto AMADEUS – “Response of Amazon sedimentation to deforestation, land use and climate variability”, o qual se trata de um projeto de cooperação entre o IOUSP e a Universidade de Bremen, Alemanha. Os resultados de isótopos obtidos, juntamente com os dados de PO4 e δ 13C para a coluna d’água oriundos da estação 46 do programa GEOSECS, permitiram identificar que a massa d’água presente na profundidade do testemunho coletado é a Água Intermediária Antártica (AIA), e que esta manteve-se presente ao longo dos últimos 5500 anos. Os dados apontam que as tendências relacionadas à variação da circulação de revolvimento do Atlântico (AMOC) não foram expressivas durante o Holoceno. Além disso, os dados da razão isotópica na matéria orgânica sedimentar, apesar de não possibilitarem inferências quanto à variações de produtividade no local, indicam que o maior controle na composição da matéria orgânica presente no sedimento ocorre em função do aporte continental, o qual diminuiu em direção ao presente. Palavras-chave: Paleoceanografia, Foraminíferos, Isótopos de Carbono, margem equatorial.

Location Sala da Congregação

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