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A base da teia trófica marinha no Arquipélago de Alcatrazes (SP): um estudo sobre comunidade fitoplanctônica e variáveis hidrográficas em junho de 2015
Tuesday 01 December 2015, 10:00 - 12:00

Mayra Van Prehn Praça
Orientador – Frederico Pereira Brandini
Apresentação: 01 de dezembro, 3ª feira, as 10h00
Anfiteatro “Profa. Dra. Anna Emilia Amato de Moraes Vazzoler”
“A base da teia trófica marinha no Arquipélago de Alcatrazes (SP): um estudo sobre comunidade fitoplanctônica e variáveis hidrográficas em junho de 2015”

 

A base da teia trófica marinha no Arquipelágo de Alcatrazes (SP): em um estudo sobre a comunidade fitoplanctônica e variáveis hidrográficas em junho de 2015
TF-2015/17
Mayra Van Prehn Praça
Situado a 40 km da costa, na Plataforma Continental Sudeste, o Arquipélago de Alcatrazes (SP) faz parte de uma Área Marinha Protegida (Estação Ecológica Tupinambás) e é considerado um “santuário ecológico” por abrigar grande riqueza de espécies, tanto marinhas como terrestres. Banhado por águas costeiras mesotróficas, com baixa disponibilidade de nutrientes, os mecanismos que sustentam a sua biodiversidade são ainda pouco estudados. Este trabalho apresentou um cenário hidrográfico ao redor do arquipélago, no intuito de compreender a influência das variáveis ambientais na coluna d’água na composição da teia trófica marinha. A amostragem foi realizada no inverno, em 4 transectos, totalizando 28 estações, onde foram utilizados CTD e sonda óptica multiparamétrica. Perfis verticais das variáveis hidrográficas e concentração de pigmentos fotossintéticos (clorofila¬a e ficoeritrina) foram exibidos para cada transecto. Os resultados mostraram uma camada de máximo subsuperficial de clorofila¬a (MSC) bem definida, entre os 10 e 15 metros de profundidade. Esta camada coincidiu com a base da termoclina e uma camada de máximo subsuperficial de Synechococcus spp. (MSS), inferida a partir das concentrações de ficoeritrina e dos dados de citometria de fluxo obtidos em um estação. Essas microalgas procariontes (cianobactérias) são globalmente distribuídas nos oceanos e têm papel fundamental na sustentação da biodiversidade em ecossistemas oligotróficos. No caso do arquipélago estudado, essas cianobactérias representaram a fonte de alimento mais abundante e disponível na coluna d’água durante o período amostrado. Este resultado indica que a abundância de Synechococcus spp. é importante dentre os fatores que sustentam e moldam a biodiversidade marinha da região. Além disso, os resultados também mostraram a influência da ACAS, o que indica uma fonte de nutrientes novos, assim como o aporte de guano das aves marinhas que habitam as ilhas. Estes componentes também contribuem para moldar a biodiversidade local, sendo que a sua influência quantitativa precisa ainda ser estudada.

Location Anfiteatro IOUSP

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