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Uso da área pela baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) no litoral norte da Bahia, Brasil
Monday 30 November 2015, 14:00 - 16:00

Rafaela Prado Cardoso
Orientador – Alexander Turra
Apresentação: 30 de novembro, 2ª feira, as 14h00
Anfiteatro “Profa. Dra. Anna Emilia Amato de Moraes Vazzoler”
“Uso da área pela baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) no litoral norte da Bahia, Brasil”

 

Uso da área pela baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) no litoral norte da Bahia, Brasil
TF-2015/15
Rafaela Prado Cardoso
Atualmente as principais ameaças às populações de cetáceos estão relacionadas à utilização do ambiente marinho direta ou indiretamente pelos humanos, como poluição dos ambientes costeiros, tráfego de embarcações e poluição sonora provocada por elas, emalhe em redes de pesca, mudanças climáticas, atividades relacionadas à exploração de petróleo e pressão ao retorno da caça comercial. Assim, o conhecimento sobre a distribuição e o uso de áreas por mamíferos marinhos, como a baleia-jubarte, é importante para a conservação e manejo de atividades que explorem seus ambientes e os próprios animais. As baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) foram intensamente caçadas durante o século XX, acarretando numa drástica redução de suas populações no mundo todo. Após a proibição da caça comercial essas populações começaram gradualmente a se recuperar, reocupando antigas áreas e atualmente é estimada uma taxa de crescimento da população brasileira de cerca de 7% ao ano. Esse estudo avaliou o uso do litoral norte da Bahia, Brasil, pela população de baleias-jubarte em sua época reprodutiva, utilizando principalmente dados obtidos em cruzeiros de turismo de observação de baleias. Avistagens totais apresentaram forte correlação com o esforço amostral e também com avistagens de indivíduos jovens. A taxa de SPUE (avistagens por esforço amostral) média foi de 1,2 baleia-jubarte/hora, similar ao Banco dos Abrolhos, e a porcentagem de filhotes na área foi de 11,26% do total de avistagens, resultado semelhante também a outras áreas utilizadas pela espécie para reprodução. As reavistagens intra-anuais continuaram baixas em relação ao Banco dos Abrolhos, seguindo tendências de estudos prévios, porém o intervalo entre essas reavistagens mostrou-se semelhante ao Banco dos Abrolhos (média de 14,57 dias, máximo 31 dias). Esses resultados indicam que a área é utilizada pela baleia-jubarte para reprodução e cria dos filhotes mesmo havendo ainda aparente diferenciação na distribuição da espécie entre o litoral norte baiano e o Banco dos Abrolhos.

Location Anfiteatro IOUSP

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