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First insights of dolomites in recente coralline algae from Brazilian reefs
Thursday 26 November 2015, 11:00 - 13:00

Ana Elisa Almeida Ayres
Orientador – Paulo Cesar F. Giannini
Apresentação: 26 de novembro, 5ª feira, as 11h00
Anfiteatro “Profa. Dra. Anna Emilia Amato de Moraes Vazzoler”
“First insights of dolomites in recente coralline algae from Brazilian reefs”

 

Frist insights of dolomites in recente coralline algae from Brazilian reefs
TF-2015/10
Ana Elisa Almeida Ayres
A estabilidade das estruturas dos recifes de corais depende da preservação post mortem do esqueleto de algas coralinas, uma vez que estas incrustam a superfície dos recifes. Há preocupação em respeito às algas coralinas com a acidificação dos oceanos, pois o seu esqueleto apresenta conteúdo alto de calcita magnesiana, um mineral muito susceptível à dissolução com o declínio do pH das águas marinhas. Contudo, recentemente foram descobertos outros minerais carbonáticos em algas coralinas incrustantes, como dolomita e magnesita. A aparente ausência de dolomita nos recifes modernos, em contraste à sua abundância em fósseis antigos e a inabilidade de precipitação abiótica de dolomita em experimentos simulando condições ambientais modernas é um fenômeno que recebeu o nome de “O Problema da Dolomita”. O objetivo desse estudo foi determinar a mineralogia carbonática de algas coralinas de recifes brasileiros para verificar se a dolomita também está presente nelas. Análises petrográficas, químicas e mineralógicas tais como tingimento, Difratometria de Raios-x (DRX), Microscópio Eletrônico de Varredura e Espectrometria de Emissão Atômica (MEV- EDS) e Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma (ICP-OES) foram realizadas em algas coralinas de Fernando de Noronha (PE), Abrolhos (BA), Vera Cruz (BA) e Praia da Almofala (CE). MEV-EDS mostrou variações na composição de magnésio nos tecidos das algas (11.5 - 49.4 mol % MgCO3). A porcentagem em mol de MgCO3 dada por ICP-OES foi, em média, 19.04 (d.p = 2.62%), e por DRX, 21.61 (d.p = 1.66%). Foram encontradas calcita magnesiana e aragonita em todas as amostras. Dolomita foi identificada na alga coralina Lithophyllum cf. depressum, de Vera Cruz, e em uma nova espécie de rodolito, Lithophyllum sp, de Fernando de Noronha. Esse estudo registrou a primeira ocorrência desse mineral tanto nessas espécies como no Oceano Atlântico Sul como um todo. Calcita magnesiana apresentou-se preenchendo o interior e nas paredes das células, no interior de alguns conceptáculos e nos inter e intrafilamentos do tecido algal. Aragonita foi observada como casulos, preenchendo conceptáculos reprodutivos, revestindo algumas células e em áreas danificadas do tecido da alga. A dolomita foi identificada preenchendo células e conectando as paredes das células como um cimento. Estudar a mineralogia de algas coralinas é importante para entender como elas podem se comportar frente ao processo de acidificação dos oceanos e mudanças climáticas e para fornecer conhecimento sobre a estabilidade física dos recifes de corais.

Location Anfiteatro IOUSP

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