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Cetáceos e as unidades de conservação marinhas do Estado de São Paulo: diagnóstico dos impactos e ações visando à conservação de espécies
Tuesday 24 November 2015, 14:00 - 16:00

Julia Marques Figueiredo Mendonça Nunes
Orientador – Marcos César de Oliveira Santos
Apresentação: 24 de novembro, 3ª feira, as 14h00
Sala 08- Bloco didático “Prof. Dr. Yasunobu Matsuura”
“Cetáceos e as unidades de conservação marinhas do Estado de São Paulo: diagnóstico dos impactos e ações visando à conservação de espécies”

 

Cetáceos e as unidades de conservação marinhas do Estado de São Paulo: diagnóstico dos impactos e ações visando à conservação de espécies
TF-2015/4
Julia Marques de Figueiredo Mendonça Nunes
Apesar da importância ecológica, econômica e social das regiões costeiras/marinhas, apenas cerca de 1,5 % desta área é protegida em território brasileiro. As Unidades de Conservação (UCs) são de fundamental importância para a proteção e conservação de áreas naturais, assim como da fauna e flora que habitam estas regiões expostas a ameaças antrópicas. Compondo esta fauna que pode se encontrar em UCs marinhas, os cetáceos abrangem baleias e golfinhos que se utilizam da costa brasileira anual ou sazonalmente. Até o presente momento, de uma diversidade global de 87 espécies, um total de 46 espécies já foi notificado em águas brasileiras, das quais 30 espécies foram registradas no litoral do Estado de São Paulo (ESP), onde são expostas a diversas ameaças como poluição química e sonora, captura acidental em operações de pesca, atropelamento por embarcações, sobrepesca dos estoques de presas, entre outros. A conservação destes mamíferos é de fundamental importância, uma vez que são consideradas especialmente vulneráveis por serem K-estrategistas, e devido aos seus papéis como predadores de topo, presas, ciclagem e bombeamento de nutrientes, dentre outros. Para isso é necessário que haja investimentos em pesquisa, manejo e conservação para garantir a proteção destes mamíferos. O ESP possui ao longo de seu litoral quatro Áreas de Proteção Ambiental (APAs) marinhas com grande potencial para a conservação de cetáceos, a saber: APAs Marinhas do Litoral Sul, Centro e Norte e APA Cananeia-Iguape-Peruíbe. Todas não apresentam planos de manejo concluídos. O objetivo desse trabalho foi de realizar um diagnóstico dos potenciais impactos existentes nas quatro APAs do ESP aos cetáceos com vistas a auxiliar o processo de conclusão dos planos de manejo. Para alcançar este objetivo, as espécies de cetáceos previamente reportadas na costa paulista foram classificadas como residentes, migradoras, visitantes sem padrão conhecido e exploradoras, e seis impactos de natureza antrópica foram considerados como cruciais para afetarem essas espécies: captura acidental em operações de pesca, sobrepesca de estoques pesqueiros, poluição sonora, colisão com embarcações, poluição por organoclorados e poluição por metais. De acordo com o grau de ameaça às espécies detectadas e avaliadas em cada uma das APAs marinhas, os impactos foram pontuados a fim de realizar um ranqueamento. A APA Marinha do Litoral Centro foi a que apresentou o pior panorama para os cetáceos, devido principalmente às atividades do maior porto da América Latina e ao polo industrial de Cubatão. O diagnóstico efetuado indicando a diversidade conhecida do grupo estudado, assim como as principais fontes de impactos ao mesmo, será encaminhado aos conselhos gestores das referidas UCs para contribuir com a elaboração dos planos de manejo e conservação.

Location Sala 08 - Bloco Didático

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