VIKINDIO

Entre maio e dezembro de 1967

A primeira expedição de pesquisa foi organizada em duas partes, sendo realizada por uma equipe conjunta de pesquisadores brasileiros e noruegueses. Embarcaram oito pesquisadores e técnicos do IOUSP (entre eles o professor Luiz Bruner de Miranda), quatro técnicos do Geofysisk Institutt e Fiskeridirektoratets (Bergen - Noruega) e um técnico de pesca da FAO, especialista do Fundo Especial para o desenvolvimento da Pesca nos países da África Ocidental.

A etapa internacional começou em Bergen e terminou em Las Palmas (extremo norte da África) – ficando conhecida como VIKINDIO. O plano de viagem da primeira expedição foi composto por nove cruzeiros oceanográficos. Foram realizados estudos na costa africana a partir da coleta de amostras de água e de plâncton, verificação de dados hidrográficos, coletas de fauna bentônica na plataforma e pela detecção de peixes por ecosondagem, entre outras atividades.

prim projetos

Um fato marcante desse projeto foi a descoberta de uma montanha submarina encontrada nas proximidades da Ilha do Sal, no Atlântico Norte, na rota entre Dakar e Las Palmas. A montanha de 3,5 mil metros tinha o topo constituindo um alto fundo de 194 metros abaixo da superfície do mar. Recebeu o nome de Seamount Besnard. Contribuiram para essa descoberta os equipamentos avançados que o navio dispunha.

A segunda etapa começou em Las Palmas e marcou a chegada do navio ao Brasil – primeiro em Recife, quando parte da equipe original foi substituída. Depois de Recife houve uma escala em Vitória (ES) e, finalmente, Santos, onde atracou em 09 de agosto de 1967. E escala brasileira incluiu outros dois cruzeiros científicos – um para a Ilha de Trindade e outro ao largo de Santos – realizados em seguida, entre setembro e dezembro do mesmo ano, marcando o final do VIKINDIO II.

A etapa brasileira serviu para determinar a produtividade primária das diferentes massas de água, além de contar com medições diretas na corrente do Brasil, coletando dados sobre a produtividade das águas quentes. Foram também realizadas medições de produtividade, em dados obtidos em 14 estações, variando de 15 até 120 milhas de distância entre as estações.

Yara Schaeffer-Novelli e Sérgio Signorini, durante o trecho brasileiro

do primeiro cruzeiro oceanográfico do Besnard, em 1967.

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