"Antes de começar a explorar, tem que estudar para que seja economicamente viável. Senão, pode prejudicar outros ecossistemas. Isso é para mais uns 20 anos", projeta Brandini.
Brasil requer soberania
A região definida como "águas internacionais" está além das 200 milhas náuticas, ou 370 mm, aproximadamente, a partir de uma linha de base da costa definida em convenção da ONU. Toda região além dessa área é tida como águas internacionais. Por isso, o Brasil solicitou à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), que rege sobre toda expansão da plataforma continental de um estado costeiro, a extensão da plataforma continental brasileira.
"A ampliação pleiteada se deu para que ocorra o aumento da plataforma continental brasileira e, assim, o Brasil passará a ter direitos de soberania para prospecção e exploração dos seus recursos naturais, tanto minerais como de organismos vivos de espécies do solo e subsolo marinho", diz Hortencia Maria Barboza de Assis, chefe da Divisão de Geologia Marinha do Serviço Geológico do Brasil.
Em linha reta, a porção mais central da ERG fica a aproximadamente 1,8 mil km do Rio Grande do Sul. Se levar em consideração a porção oeste da ERG, a aproximadamente 2 mil km. Já o novo limite pleiteado é de aproximadamente 2,3 mil km de distância.