IOUSP marca presença na Semana USP de Ciência e Tecnologia 2016 com a exposição “Seres Marinhos dos Extremos do Planeta”

Cientec 2016 semana c tA Coleção Biológica “Prof. Edmundo F. Nonato” (ColBIO) e o Laboratório de Ecologia e Evolução de Mar Profundo (LaMP), ambos do Instituto Oceanográfico, juntamente com a exposição "Estação Antártica - A paisagem e a vida no continente gelado", marcaram presença na Semana USP de Ciência e Tecnologia 2016.

O evento aconteceu dia 21 de outubro no recém-inaugurado Centro de Difusão Internacional (CDI), localizado em frente à Escola de Comunicação e Artes (ECA). Os visitantes puderam conferir de perto animais coletados no gelado mar da Antártica e nas profundezas do oceano, a 4000 metros de profundidade. O público contou, ainda, com duas exposições fotográficas que retrataram características e belezas dos ambientes marinhos mais extremos do planeta. Alunos da graduação, pós-graduação e funcionários do IOUSP participaram como monitores e explicaram entusiasticamente as características distintivas e adaptativas desses “seres marinhos”.

A Dra Monica Petti, curadora do ColBIO, conta que a importância das amostras da coleção é muito maior do que simplesmente gerar dados científicos. “Esses animais despertam muito interesse no público. Curiosidades sobre o projeto científico que coletou os animais, sobre as expedições antárticas, sobre os estudos destes animais aqui no Brasil”. Monica acredita ser importante explorar todo o potencial das amostras da coleção para que a ciência avance e se popularize.

O Professor Paulo Sumida, responsável pelo Laboratório de Ecologia e Evolução de Mar Profundo (LaMP), é um dos principais pesquisadores de mar profundo no Brasil. Em 2013, teve a oportunidade de embarcar no submersível japonês Shinkai e visitar profundidades ao redor de 4000 metros em locais próximos ao Brasil. “A experiência de ver de perto seu objeto de estudo, vivo e nadando, é algo maravilhoso. O público, durante o evento, partilhou desta experiência através de relatos e de um filme que fizemos durante este mergulho” explica Sumida. “Todos ficaram encantados com a vida que existe nas profundezas do oceano. Muitas destas pessoas nem faziam ideia de que havia vida nestas profundidades e puderam conhecer um pouco sobre o maior ecossistema do planeta”.

“Você já pensou a surpresa do visitante ao saber que está conversando com alguém que já esteve na Antártica ou então dentro de um submersível a 4000 metros de profundidade”? questiona Gabriel Monteiro, ex-aluno da pós-graduação do IOUSP e sócio-diretor da Ciência Pública Comunicação, agência que realizou a exposição fotográfica sobre a Antártica que esteve por quatro meses nas estações do Metrô de São Paulo. “Esta troca é uma experiência rica e necessária. O conhecimento produzido pela ciência deve transpor os limites da Universidade e chegar à população de forma acessível e em uma linguagem adequada” conclui Monteiro.

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