Microbiologia na Antártica

Nos ecossistemas antárticos ocorrem grandes variações e ciclos de congelamento e degelo que influenciam a distribuição das massas de água no Oceano Austral, e geram alterações de clima em todo o hemisfério.

A vida em terra se restringe aos microorganismos que são a base do funcionamento dos ecossistemas da Antártica, mais as algas, líquens, musgos, duas espécies de plantas superiores e pequenos invertebrados. Os demais organismos são marinhos e incluem as aves e mamíferos, que dependem do mar.

Os ambientes polares são os lugares mais sensíveis às alterações climáticas, onde seus efeitos são mais rapidamente observados. Para avaliar essas variações, são realizados estudos das comunidades microbianas, pois os microorganismos apresentam a rápida resposta às alterações ambientais.

Linhas de Pesquisa Microbiológicas na Antártica:

  • Ecologia Molecular de Microorganismos;
  • Genética, Genômica e Proteômica;
  • Fisiologia e Metabolismo;
  • Geomicrobiologia;
  • Microbiologia Ambiental;
  • Interações Microbianas;
  • Astrobiologia;
  • Bioprospecção, Biorremediação e Biotecnologia;
  • Mudanças Climáticas.

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A pesquisa em Microbiologia Polar, Micropolar, rede coordenada pela Profa. Dra. Vivian H. Pellizari, (Laboratório de Ecologia Microbiana do IOUSP - LECOM,) foi consolidada durante o Ano Polar Internacional. Iniciou-se no ano 2000, com o Projeto Microbiologia Antártica, Biodiversidade, Ecologia e Aplicações Tecnológicas.

O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que consolidou a participação do Brasil como membro do Tratado da Antártica, realiza pesquisas na região desde 1983. A rede é composta por equipes das principais universidades estaduais e federais brasileiras mais a EMBRAPA Meio Ambiente. Englobam: estudos sobre a diversidade dos microorganismos e estudos sobre bioprospecção e astrobiologia. Também são realizados estudos sobre a microbiota dos animais antárticos, das algas, aves e os mamíferos, incluindo abordagem sobre doenças provocadas por vírus patogênicos.

O PROANTAR dá suporte à Rede de Microbiologia Polar, onde microbiologistas de várias especialidades estudam a biodiversidade e função dos psicrofílicos (organismos capazes de viver e de se reproduzir em locais com baixas temperaturas) no ambiente antártico e como essa adaptação pode ser explorada em biotecnologia.

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