N/Oc. “Alpha Crucis” do IOUSP/Programa EMU/FAPESP – pronto para pesquisa em 2021, após manutenção
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- Publicado: Terça, 09 Março 2021
Navio Oceanográfico “Alpha Crucis” do Instituto Oceanográfico da USP – Equipamento Multiusuário do Programa EMU/FAPESP, está pronto para atuar na Década do Oceano e comemorar os 75 anos de fundação do IOUSP.
O Navio Oceanográfico Alpha Crucis do Instituto Oceanográfico da USP, adquirido no âmbito do Programa de Equipamentos Multiusuários da FAPESP e inaugurado em 20/05/2012, desde sua chegada, tem atendido diversos projetos de Pesquisa.
Saída da docagem, em janeiro 2021.(Foto:Braga, E. S.)
O Navio Oceanográfico “Alpha Crucis” com seus 64 m de comprimento e 11m de largura, deixou o estaleiro no Guarujá no dia 14 de Janeiro de 2021, conforme mostra o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=zRRBv_1JzjA , após ter sido feita a sua manutenção geral periódica. A manutenção de rotina dessa embarcação é realizada para que sejam vistoriados e realizados diferentes serviços como hidrojateamento do casco, costado, borda falsa, vistoria e substituição de chapas, pinturas do caso e de marcas e símbolos do casco, vistoria e substituição dos anôdos de zinco, pintura de convés, remoção e limpeza de caixas de mar, manutenção de sistema de propulsão, hidrojateamento e pintura de tanque de lastro, revisão de válvulas, entre outros. Trabalho de grande monta que assegura boas condições a esse importante equipamento de Ensino e Pesquisa, o qual presta importantes serviços ao desenvolvimento da ciência, contribui à soberania nacional e ao conhecimento global dos oceanos.
Casco por baixo, proa e popa (Fotos: Braga, E.S.).
Este ano em que o Instituto Oceanográfico completa seus 75 anos de fundação e que o mundo volta o olhar ao oceano no início da “Década do Oceano (2021-2030)” declarada pela ONU, as Ciências do Mar e a Sustentabilidade ganham visibilidade e a Oceanografia merece um destaque.
Sensores (Fotos: Braga, E.S.)
O Navio constitui um dos equipamentos mais importantes para o Ensino e Pesquisa nas regiões costeira e oceânica. Assim, manter uma embarcação operacional é uma missão essencial que deve ser planejada e estruturada, de modo que uma rotina de revisão deve ser estabelecida para que estes tipos de equipamentos busquem mecanismos autossustentáveis, utilizando recursos das pesquisas e da prestação de serviço, como é feito com outros equipamentos de ampla demanda pela comunidade acadêmica e científica, bem como, é necessário que sejam planejadas ações constantes de modernização e de substituição das próprias embarcações com o tempo.
Braga, E.S.
N/Oc. Alpha Crucis pronto para saída da docagem, janeiro 2021. (Foto:Braga, E.S.)
Toda embarcação tem um armador que é responsável por seu uso e manutenção, de modo que um Navio de Pesquisa, não deixa de ser uma embarcação com todas as suas necessidades e normas de funcionamento, mas deve-se considerar que seu uso não tem nenhum intuito comercial e sim, a nobre missão de trazer conhecimento e participar da formação do produto mais precioso que temos, o ser humano, essencial ao desenvolvimento e implantação de ações que promovam a defesa da preservação e uso sustentável dos oceanos.
Por Elisabete de Santis Braga, Diretora do IOUSP (2017-2021)